O crime que seria de homofobia aconteceu porque a vítima partiu pra cima do acusado
Por Aristides Barros
O ajudante geral Rogério Borges de Aquino, de 34 anos, está preso na Cadeia Pública de Mogi das Cruzes sob a acusação de ter matado a golpes de faca Sérgio Pires Maciel, de 54 anos. Ambos moravam no bairro Recanto Mônica, em Itaquaquecetuba, palco do crime acontecido em 12 de maio deste ano.
Segundo informações passadas à polícia, Rogério era dependente químico e não tinha problemas com relações homoafetivas. Sergio tinha preferência por pessoas do mesmo sexo e consumia entorpecentes. Os caminhos dos dois se encontraram.
Sérgio chamou Rogério para usar drogas em sua casa, e ele foi. E ficaram juntos no mesmo quarto se entorpecendo quando Sérgio quis algo mais de Rogério. Este porém resistiu à investida inoportuna da vítima, que nervosa com a recusa pegou uma faca embaixo do colchão para atacar o seu visitante.
Rogério, novo e mais ágil, conseguiu tomar a faca e passou a desferir vários golpes ocasionando cortes profundos na face, pescoço e no peito de Sérgio, que morreu em decorrência dos ferimentos graves.
O matador foi embora mas deixou sua camisa de trabalho no local do crime, a mesma trazia a inscrição da empresa onde ele trabalhava o que foi suficiente para os policiais da equipe do delegado Rubens José Angelo, titular do SHPP, chegarem até o autor do crime. Rogério confessou o assassinado quando foi interrogado pelo chefe de polícia.